Conspiração Teori Zawasck afastou cunha a mando de Dilma

Posted on at


 

Em decisão de 73 páginas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki determinou, nesta quarta-feira (4), o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados e de seu mandato, atendendo uma ação cautelar da Procuradoria Geral da República protocolada no STF.

Num dos trechos mais incisivos da decisão, Zavascki afirma que a permanência de Cunha na presidência da Câmara dos Deputados, "além de representar risco para as investigações penais sediadas neste Supremo Tribunal Federal, é um pejorativo que conspira contra a própria dignidade da instituição por ele liderada". Segundo Zavascki, não há elementos que justifiquem a continuidade de Cunha à frente da Câmara.

A assessoria de imprensa de Cunha confirmou a EXPRESSO que ele foi notificado da decisão de Teori.

 

Em despacho , Teori Zavascki afirmou que seria possível investigar a presidente Dilma, mas, como cabe somente ao Ministério Público requisitar uma apuração, não seria possível a um ministro, de ofício, abrir um inquérito sobre o caso.

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é pacífica no sentido de ser irrecusável o pedido de arquivamento de peças de informação ou da comunicação de crime, feito pela Ministério Público, quando fundado na ‘ausência de elementos que permitam ao Procurador-geral da República formar a opinio delicti’”, escreveu o ministro.

saiba mais

Delcídio acerta acordo de delação premiada na Lava Jato

Dilma recebeu delação de Delcídio com 'indignação', diz Wagner

Delação de Delcídio

Em março do ano passado, Teori Zavascki já havia rejeitado investigar o caso, também a pedido de Janot, a partir da delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

O caso voltou à tona após a delação de Delcídio do Amaral, que, em depoimento a investigadores, contou houve “ilícitos” no negócio, e que não haveria possibilidade de isentar o Conselho de Administração no caso.

Ele disse ainda que a decisão de comprar a refinaria decorreu de uma "ação entre amigos", de executivos e técnicos da Petrobras. Seriam interessados no caso os ex-diretores Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró, além do lobista Fernando Baiano. Em 2014, o Tribunal de Contas da União (TCU) calculou um prejuízo de US$ 792,3 milhões no negócio.


TAGS:


About the author

160